“Curso iniciático dos Comendadores do Sol: entrega das chaves mágicas dos antigos sacerdotes de Anahuac.
Todo o Universo é mágico, toda a criação e a não-criação é mágica; no cosmo infinito palpita incessante a magia do Doador da vida, do Inventor de si mesmo. Assim compreenderam e cantaram os sábios de Anahuac.
Talvez nenhuma outra civilização logrou uma poesia de conteúdo filosófico tão acabada como a que floresceu na Mesoamérica antiga… O que realmente nos assombra é a técnica de ensinar que os sábios nauas, os tlamatinime, empregaram: “in xochitl, in cuicatl”, a flor e o canto, quer dizer, um ensinamento que se entregava através da mais refinada arte poética. O que o investigador e o cientista têm necessidade de dizer em um tratado, o poeta define em poucas palavras. Não foi em vão que Beethoven disse que “a música eleva mais que a própria filosofia”, o que podemos estender a todas as belas artes.
A arte magna é a magia, na qual se fundem todas as demais artes e onde se purificam os mais elevados e nobres sentimentos para lograr o domínio de si mesmo e da natureza.”